A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

19 de setembro de 2013

What do Brazil, Turkey, Peru and Bulgaria have in common?


This year's protests have less to do with ideology and specific grievances than a new architecture of protest.

retirado de Aljazeera.
por Bernardo Gutierrez, em 7 de setembro de 2013


The protests in Bulgaria have much in common with protests in other countries [AFP]

Sao Paulo, Brazil - What influence did Istanbul's Gezi Park protest movement have on the uprising in Brazil? Can we explain the sudden emergence of mass demonstrations in Peru as being inspired by neighbouring Brazil? What do the anti-government, anti-establishment protest movements in these three countries - and in Bulgaria - have in common?

Analysts have searched for specific reasons to explain the recent revolts: Istanbul rose to protect Gezi Park from neoliberal enclosure; Brazilian citizens took to the streets to protest against the rising of the price of public transportation; Peruvians were outraged by corruption and a government that tried to impose its will on the country's constitutional court. Bulgaria's protests, which started this January, were spurred by anger at high electricity and water bills.

But does this really explain what has happened in recent months? The reasons listed above would imply that four almost disconnected rebellions took place simultaneously. And cause-and-effect logic cannot fully explain these protests, which fall largely outside the left-right axis.

Rather, what the movements have in common has less to do with ideology and specific grievances, than with a new architecture of protest. In all four countries, established groups such as unions and political parties were almost irrelevant. For instance, the calls for protest in Peru, which filled the capital's streets in July, were born [Es] in social networks, mailing lists and non-ideological groups. When a reporter suggested to human rights activist Rocio Silvia Santisteba that she was leading the Peruvian protests, she replied: "We convene. We do not lead."

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