A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

4 de fevereiro de 2013

Out of the bones of a dying world

We have to create culture. Don’t watch TV, don’t read magazines, don’t even listen to NPR. Create your own roadshow. The nexus of space and time where you are now is the most immediate sector of your universe, and if you’re worrying about Michael Jackson or Bill Clinton or somebody else, then you are disempowered, you’re giving it all away to icons, icons which are maintained by an electronic media so that you want to dress like X or have lips like Y. This is shit-brained, this kind of thinking. That is all cultural diversion, and what is real is you and your friends and your associations, your highs, your orgasms, your hopes, your plans, your fears. And we are told ‘no’, we’re unimportant, we’re peripheral. ‘Get a degree, get a job, get a this, get a that.’ And then you’re a player. You don’t want to even play in that game. You want to reclaim your mind and get it out of the hands of the cultural engineers who want to turn you into a half-baked moron consuming all this trash that’s being manufactured out of the bones of a dying world.

Terence McKenna

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