A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

26 de fevereiro de 2013

Em março, a efervescente Tunísia recebe o Fórum Social Mundial 2013


Terezinha Vicente
da Ciranda
retirado do Brasil de Fato, de 06/02/13

Tradicionalmente os Fóruns Sociais Mundiais (FSM) ocorriam no final de janeiro, para fazer o contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que junta os capitalistas “donos” do mundo nessa época em Davos.

Assim foram os primeiros, realizados no Brasil, em Porto Alegre, e já parte da História pós-queda do Muro de Berlim e do fim da experiência socialista no Leste europeu. Em 2004, o FSM começou a andar pela parte do mundo que não combinava com o espírito de Davos e adequar a data ao país que se propôs a recebê-lo. Surgiram também vários Fóruns Sociais locais, continentais, temáticos, alguns continuam, outros não. O FSM, aquele grande, que reúne ativistas por um mundo melhor de todo o planeta, tornou-se bianual e já aconteceu na Venezuela, Índia, Quenia, Senegal, além dos que ocorreram aqui.

2013 é ano de FSM e desta vez o encontro ocorrerá, entre os dias 26 e 30 de março, na cidade de Túnis (capital da Tunísia), um dos primeiros países a protagonizar as revoltas da Primavera Árabe. Três membros do Comitê Organizador do Fórum Social na Tunísia estiveram em São Paulo, a convite e participando de seminário organizado pelo GRAP – Grupo de Apoio e Reflexão ao Processo do Fórum Social Mundial. Junto com Chico Whitaker, membro do GRAP e do Conselho Internacional (CI) do FSM, os ativistas tunisianos concederam entrevista coletiva no dia 1 de fevereiro. (...)

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