A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

29 de fevereiro de 2012

a vaca e a tautologia




eis que resgato um pensamento de outrora
andando de ônibus no caminho para aula
vi pela janela uma jarro de biscoitos na vitrine distante
um jarro de biscoitos onde uma alegre vaquinha mugia cada vez que a jarra era aberta
e em cada mugido da vaquinha vi a solidão por mim sentida
pra que uma jarra que muge a cada biscoito surrupiado?
o que queremos dizer com isso?
porque somos nós, a dizer, através de uma amistosa vaca aquilo que nós mesmos colocamos em sua boca
uma língua nossa, numa vaca que fala
uma vaca alienígena
queríamos com isso respostas
queríamos com isso marcar o fim de nossa solidão aqui no universo
só nós humanos
falando as mesmas línguas já conhecidamente desconhecidas
queremos uma novidade
alguém novo no bairro a nos dizer
aquele lugar distante de onde venho é diferente
outras narrativas
queremos aplacar com novidades esta nossa solidão
afinal já fomos até a lua e não encontramos nada
sempre encontramos apenas funções econômicas aos montes
mas queremos o inútil
queremos responder a outras perguntas
e não a eterna necessidade de ser prático
queremos que a vaca nos responda: de onde vieram estes biscoitos, de onde viemos todos nós, para onde iremos após estas paragens, o que a trouxe aqui?
não queremos aquele pesado made in china na parte inferior da vaquinha que muge a cada biscoito devorado
não queremos sequer o biscoito
queremos o fim desta solitária noite
queremos o querer
queremos a vaca dizendo tudo aquilo que ainda não sabemos
ó sagrada vaca made in china na vitrine do passado que não passa
queremos nós mesmos e não a ciência sempre exatamente estéril de verdades
pois os nomes que profere a ciência são os nomes que nomeiam coisas
coisificadas coisas
são somente nomes e não coisas
substituem o silêncio por alguma pomposa ignorância propalada em metáforas quase sempre inexatas
pois dizer que 2+2 são 4
é o mesmo que dizer que 4 é 2+2
e não há nada de novo nisso
eis que nada foi definido
apenas a mesma coisa dita de outra forma

Salvador Passos

vitória do time de várzea

quero a vitória
do time de várzea

valente
covarde

a derrota
do campeão

5 X 0
em seu próprio chão

circo
dentro
do pão

p. leminski

utopias

castelos sem reinados
reinos sem castelos
frases sem sentidos
sentidos sem sentir

sinto tudo isso
como se um instante
fosse tão distante

Salvador Passos

milagre

milagre da consciência

1

O milagre da consciência é apenas um
minimomento brevíssimo, na história do
universo?

2

Ou a consciência participa de algum mistério
maior?

3

A vida na matéria. E, na vida, a consciência
teriam sido apenas um dos acasos possíveis no
universo? Um acaso que pensou o próprio
acaso ou um acaso por onde o acaso se pensou
a si mesmo, por um momento, e apagou?

4

AQUELA COISA ESTRANHA QUE
ACONTECEU NO PLANETA TERRA.

5




p leminski

poeta intinerante

Poeta itinerante e peregrino,
pelas ruas do mundo,
arrasto o meu destino
Mundo? Uma aldeia de nome tupi,
um monstro com nome de santo,
Curitiba, São Paulo,
com vocês me deito,
com algo me levanto.
Vocês aí parados
a mesma vida de sempre,
como vos invejo e vos desprezo,
voz de nós, voz dos meus avós,
prazos, prêmios, praças, preços,
chove sobre mim
a chuva que eu mereço.
Invoco forças poderosas.
Quando vou poder
transformar minhas ruínas em rosas ?


p leminski 88

28 de fevereiro de 2012

Excluídos Urbanos

Parece que o Excluídos Urbanos tem uma proposta semelhante à nossa.

São postados textos, fotos, poesias...

A apresentação é:

23 de fevereiro de 2012

antônimos atônitos (re-versão)

tudo é enfim um mito, o mito do progresso, o mito do eterno que retorna e entorna a eternidade neste sempre agora, esticando o horizonte para além do que se pensa, para além do que se fala, como se nem mesmo as idéias ou palavras chegassem ao além que se supõe, nem mesmo a palavra além captura o além do qual se fala, se atira a palavra nesta busca, ruptura, e tudo que retorna deste arremesso da palavra além, é algum estranho aquém...

e se fosse tudo uma mentira, a ira, a revolta, cedemos ao manso cansaço que se cansa do cansaço deste lasso que se lança já quase sem nenhuma esperança, nada alcança este tudo

e se tudo fosse fossa, retro-retórica, nostalgia eufórica, verbo-ativismo entrópico dos trópicos utópicos, este fosso fácil, cadafalso, hiato entre falso e a farsa, um jogo de espelhos, contra-imagem deste destro já canhoto, este outro outro que reflete o antônimo sinônimo de sí mesmo

A novalíngua, o duplipensar, a imprensa e a nova tragédia grega





Duplipensar

Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar.

George Orwell 1984

Normal que orgãos políticos como a UE e FMI falem em "Pacote de Ajuda a Grécia" adotando a linguagem clássica do marketing político que utiliza slogans vazios para distorcer o real significado das medidas impostas ao povo grego.

O curioso é quando a imprensa passa a empregar também a linguagem oficial, descrevendo a transformação do Estado Grego numa máquina de pagar juros aos credores como sendo um simples pacote de ajuda ao povo grego.

Só dentro desta novalíngua seria possível entender uma manchete do tipo: Povo grego protesta contra pacote de ajuda ao povo grego...

Anonymous e a guerra de informação digital




Guy Fawkes nunca pensou que sobreviveria a tantos séculos, e menos ainda que, mais de quatrocentos anos depois de suas andanças, a máscara que o representa se converteria em pleno século XXI no emblema daqueles que – desde os indignados até os guerreiros digitais do Anonymous, passando por toda a galáxia dos grupos antiglobalização – se opõem ferreamente à ordem de um mundo ultraliberal, depredador e indolente.

Este católico que, no dia 5 de novembro de 1605, quase conseguiu fazer voar pelos ares o Parlamento inglês com 30 quilos de pólvora, com o rei James I dentro, é o rosto oficial da revolta ocidental e, mais precisamente, o distintivo com o qual o grupo de hackers reunido sob a denominação de “Anonymous” se apresenta ao mundo. Suas ações já são parte da resistência permanente contra toda forma de violação de liberdade segundo os critérios com os quais Anonymous a entende.

Presente há vários anos na cena do hacking contestatório, Anonymous ganhou fama quando, em 2010, em plena ofensiva oficial contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange, o grupo atacou as empresas multinacionais que tinham se somado ao boicote instrumentalizado pelo governo dos EUA contra todas as fontes de financiamento do Wikileaks: os portais de Amazon, PayPal, Visa, MasterCard e Postfinance, a filial dos serviços financeiros dos correios suíços, foram bloqueados pela operação Payback montada por Anonymous contra essas empresas que, sem ter nenhuma ordem judicial, trataram de impedir que o dinheiro chegasse a Wikileaks.

Era a primeira vez na história que se realizava uma ofensiva dessa magnitude não mais em nome do ciberanarquismo, mas sim em defesa de certa forma de liberdade.

Quem são e de onde vem esses valentes que ousaram penetrar as portas mais protegidas para ferir o coração do sistema? Frédéric Bardeau e Nicoals Danet, os autores de um destacado ensaio sobre Anonymous (“Anonymous: piratas informáticos ou altermundistas digitais?’), descrevem a influência desta galáxia sem hierarquia nem manual de instruções como “um movimento que modifica a relação de formas no interior da sociedade”.

De ação em ação, Anonymous instalou-se na paisagem política mundial e excedeu em muito a herança de seus pais culturais, a saber, toda a cultura contestatória norteamericana dos anos 70 perfeitamente representada por Stephen Wozniak, co-fundador da Apple, e Richard Stallman, o iniciador do projeto GNU.

Anonymous se plasmou em quatro operações muito ousadas. A primeira: os ataques contra a igreja da Cientologia, em 2008. A segunda: a ciberofensiva contra o escritório de advocacia Baylout, defensores dos direitos autorais da indústria do disco e do cinema nos Estados Unidos, e contra o portal da Motion Picture Association of America (MPAA), associação que o Anonymous persegue por suas “políticas excessivas” na proteção dos direitos autorais. Terceira: a intervenção a favor de Assange no que ficou conhecido como o primeiro episódio de uma autêntica guerra da rede. Coldblood, um dos porta-vozes do Anonymous, explicou então que a operação em defesa de Assange estava se convertendo em uma guerra, mas não uma guerra convencional. “É uma guerra de informação digital. Queremos que a internet siga sendo livre e aberta para todo mundo, como sempre foi”. O quarto episódio remonta ao dia 19 de janeiro, logo após o fechamento do site Megaupload e a prisão de seu criador, o multimilionário Kim Schmitz. Lançados dos quatro pontos cardeais do planeta, os ataques orquestrados por Anonymous bloquearam os portais do Ministério da Justiça dos EUA, da Casa Branca, da Warner, da Universal, do FBI, do organismo que supervisiona a internet na França, Hadopi, e a estrutura que administra os direitos de autor, a Sacem. Anonymous conseguiu inclusive penetrar no portal da presidência francesa e modificar as mensagens de boas vindas.

A quinta e última ação ocorreu há apenas alguns dias. Um grupo que se identificou como Anonymous divulgou a gravação de uma “reunião” telefônica entre o FBI e a polícia britânica, na qual se falava de ações contra os ciberativistas. Onde estão para conseguirem se meter nestas conversas tão íntimas? “Em todas as partes”, respondem Frédéric Bardeau e Nicolas Danet, os autores do ensaio sobre Anonymous. Estes dois especialistas observam que os Anonymous não são piratas propriamente, pois não roubam nada. Tampouco são “terroristas”, mas “um fenômeno muito mais vago cujo único fio condutor é a defesa da liberdade de expressão”. Bardeau e Nadet contam que, em certo momento, “a CIA tentou realizar um perfil dos simpatizantes de Anonymous: era tão indefinido que terminava apontando para a metade do planeta”.

Seu lema tornou-se realidade: “somos legião”. Neste sentido, Frédéric Bardeau destaca que os Anonymous não se enquadram em nenhum rótulo. “Não são nem anarquistas, nem sindicalistas revolucionários, nem marxistas. É um movimento pós-moderno, anônimo, planetário, descentralizado. Entre os Anonymous do Brasil, muito fortes e mobilizados contra a corrupção, e os da Áustria e Alemanha, todos antifascistas, não há unidade, mas sim denominadores comuns como a liberdade e a neutralidade da rede”. Diferentemente dos indignados ou de outros movimentos antiglobalização, Anonymous atua a partir do anonimato: não há partido político, nem fórum, nem cúpula, nem manifestação. Sua identidade física é a máscara de um militante católico britânico do século XVI e seus territórios são estes: irc.anonops.li, twitter@AnonOps, @AnonymousIRC, Facebook Anonymous, AnonOps.blogspot.com.

A origem do nome provém dos fóruns anárquicos 4chan (*). Neste portal norteamericano é fácil inscrever-se e cada participante recebe o pseudônimo de “Anonymous”. Estão em muitos lugares ao mesmo tempo, alguns são hackers aficionados, outros não, universitários, empregados, militantes de uma ou de muitas causas. Anonymous realiza a sua maneira o desejo não confesso de muitos cidadãos do planeta: colocar uma pedra na engrenagem da perfeição ultraliberal, abrir a cortina de sociedades ultrapoliciais que só protegem os interesses do poder. Nicolas Danet comenta que “Anonymous é um pouco como o voo dos pássaros migrantes. Formam uma massa que conhece o objetivo, mas um pássaro pode deixar o grupo a qualquer momento”. Os vídeos de Anonymous já são famosos, tanto pelo conteúdo como pela voz metálica que anuncia: “Somos legião. Não perdoaremos, não esqueceremos. Tenham medo de nós”.

(*) 4chan é um imageboard em inglês. Lançado em 1° de Outubro de 2003, seus sub-fóruns eram originalmente usados para postagem de imagens e discussão sobre mangás e animes. Os usuários geralmente postam anonimamente e o site já foi relacionado com subculturas da Internet e ativismo (Wikipédia)


Eduardo Febbro - De Paris
Tradução: Katarina Peixoto

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19644

cais

tantos ais a mais
tantos mais sem paz

ai, estes mas sem cais

Raimundo Beato

17 de fevereiro de 2012

Lógica

Logique from tixo on Vimeo.



Do Filme Wittgenstein, Derek Jarman, 1994.

Comuna que pariu: carnaval e revolução

Bem, é UJC... mas a letra é boa.

Foi retirado de:



"Sou trabalhador, eu vou ficar, o governador que procure outro canto e vá se mudar"

Letra e Música: Marcos Botelho e Heitor Cesar Oliveira

Não quero remoção, nem mega construção...

O que eu quero é emprego, saúde e Educação...

Terá copa do mundo

De empreiteiro e empresário.

Até a olimpíada servirá para o esculacho

Sou Comunarde... Também quero mudar.

Mas não é maquiagem...

O que Precisa é
r.e.v.o.l.u.c.i.o.n.a.r...

Se é para urbanizar...Modernizar... e

Higienizar... essa cidade,

Quem tem que sair, meu senhor...

Não é o trabalhador,

Mas o prefeito e o governador.

Sou brasileiro, sou carioca.

Luto o ano inteiro... No carnaval vou cantar

Que se mude o prefeito... Eu vou ficar

Sou Comunarde... Também quero mudar.

Mas não é maquiagem...

O que Precisa é
r.e.v.o.l.u.c.i.o.n.a.r...

Participação no carnaval carioca 2012
Segunda 20/02/2012 Comuna que Pariu 14h
Em frente a ocupação Manoel Congo,
Rua Alcindo Guanabara,
Cinelândia

Manifesto de fundação do "Comuna que Pariu!"
Nosso bloco pretende ser não o maior bloco do carnaval carioca, nem se tornar uma escola de samba, nosso bloco não pretende competir com os grandes blocos do carnaval do Rio, mas pretende mostrar que ainda é possível, e além, que é necessário fazer um apelo a juventude carioca e a demais seguimentos que brincam no carnaval. Muitos falam do carnaval como a festa democrática, onde o “pobre” vira rei e o “rei” virá pobre, onde todos brincam na rua independente time de futebol, etnia, nacionalidade ou outros falsos antagonismo, dizem até mesmo que não importa nem as classes sociais, todos são iguais. Outros mais realistas dizem do carnaval como a doce ilusão, como algo que se desmancha ao longo de quatro dias trazendo de volta a realidade, mostrando que todo carnaval tem seu fim.

Nós discordamos da visão de festa democrática, discordamos da falácia da volta do carnaval de rua como uma democratização da festa. Discordamos e resolvemos agir. Onde esta democracia em blocos cercados por corda onde somente entram quem possui a abada do bloco, festas particulares no meio da publicas ruas, excluindo para fora do espaço demarcado àqueles que não compraram a cara camisa.

Nosso bloco tem camisa também, e também a vendemos, mas não para excluir, quem não tem camisa é bem vindo. Nossa camisa é para contribuir com a organização, e pelo orgulho de ser comunista, de brincar sem esquecer a nossa causa, a nossa identidade, a nossa luta. Sem esquecer que não temos um patrocinador - e que não o queremos - que nosso patrocínio é o nosso militante, nosso amigo, nosso colaborador.

A UJC apresente assim seu bloco, na tradição de quem sempre utilizou a cultura na luta de classes, nas tradições de artistas comprometidos com a causa do socialismo, nas tradições de Mario Lago, Candido Portinari, Gianfrancesco Guarnieri, Dias Gomes, Vianinha, do CPC da UNE, da luta pela democratização da cultura, nessas tradições a UJC traz o “Comuna que Pariu!” mais uma arma da crítica.

Heitor Cesar
(Historiador, poeta, comunista e membro do Bloco "Comuna que Pariu!")

Pepper Spray Art (Arte do Gás Lacrimogênio)



Anthony Freda

Círculos Concentricos

Next Meal ticket for Wall Street (ou a bola da vez)



OWS political cartoon

Terroristas

13 de fevereiro de 2012

Žižek: vivendo na era de monstros

Σλαβόι Ζίζεκ: «Ζώντας στην εποχή των τεράτων» from ThePressProject on Vimeo.



Žižek: vivendo na era de monstros

O título da palestra faz referência a Antonio Gramsci, que escreveu, o período entre-guerras, em meio a crise social.

Objetos básicos da palestra do filósofo será a crise do capitalismo global e do permanente estado de emergência em cidades ocidentais, a incubação de um tipo novo, autoritário ou mesmo totalitário de capitalismo, a assimilação de pensadores do especialistas com a privatização do ensino superior impostas pela reforma de Bolonha, a crise da União Europeia e a perspectiva comunista no século XXI.

The title of the lecture referred to Antonio Gramsci, who wrote, the interwar period, amidst social crisis.Basic objects of the lecture of the philosopher will be the crisis of global capitalism and the continuing state of emergency in Western cities, the incubation of a new kind, authoritarian or even totalitarian ' capitalism ', the internment of specialized thinkers with the privatization of higher education imposed by the 'reform ' of Bologna, the crisis of the European Union and the Communist perspective in the 21st century.

Para onde irão os Indignados e os “Occupiers”?




Leonardo Boff comentou sobre uma mesa do Fórum Social Temático em Porto Alegre onde ele acompanhou os " os testemunhos vivos dos Indignados da Espanha, de Londres, do Egito e dos USA".

O que me chamou a atenção foi a seguinte opinião de Boff: " os indignados, os “occupiers” e os da Primavera Árabe não se remeteram ao clássico discurso das esquerdas, nem sequer aos sonhos das várias edições do Forum Social Mundial."

Será que estamos mesmo diante de algo radicalmente novo?

10 de fevereiro de 2012

Polícia Para

(Desvocabulário Policial)



polícia para

para quem precisa

quem precisa para

polícia para

para quem polícia?

polícia

polícia para quem?

Enquanto isso na Supervia (Rio de Janeiro): A atuação do governo se restringe a repressão policial. A empresa não é penalizada.

Democracia Militar

Democracia Militar from Vinicius Possebon (Moscão) on Vimeo.

OCP



A segurança é realmente um bem público?

directive 4: [classified]

“As polícias militares deveriam ter sido extintas, mas foram reativadas pela ditadura para atuarem como forças repressivas, e não como polícias de segurança”

“A estrutura organizacional da segurança pública no Brasil, herdada da ditadura, é um arranjo negativo para todos, que prejudica a sociedade, os governos e os próprios trabalhadores policiais”, afirma. "Se o cordão umbilical da PM com o Exército não for cortado, teremos sempre o grito das ruas, a chantagem e o acuamento dos governos."

“E quem acaba liderando essas explosões não são lideranças legítimas, qualificadas, com experiência política, mas quem fala mais alto, consegue mobilizar as paixões e não se intimida em chantagear os governos para alcançar seus objetivos”, afirma.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19560

A luta por melhores salários na polícia é justa, mas a questão da segurança pública não pode ser reduzida a questão salarial.


É lugar comum escutarmos: Nossa polícia é ineficiente

Mas qual é o objetivo da polícia?

Até onde ela realmente é garantidora da ordem pública ou de um certo tipo de ordem pública.


Diretiva 4?

Robocop (1987) - Activation from Aaron Kelly on Vimeo.

novo amanhecer




árvore ser
a manhã ser

Raimundo Beato

ACTA - a lethal weapon agains your rights

A criminalização do artista

A criminalização do artista - Como se fabricam marginais em nosso país from Rafael Lage on Vimeo.



Abril de 2011. A intolerância ao diferente apoiada por uma campanha de higienização social em Belo Horizonte, assume ares de politica repressiva de caráter criminal.

À administração municipal, policia militar e mídia se associam na tarefa de criminalizar o artista de rua, artesãos nômades portadores de um patrimônio cultural brasileiro que deriva da resignificação do movimento hippie das décadas de 60 e 70. Uma cultura com mais de 40 anos.

Mas quem criminaliza o estado?

Com expressões próprias na arte, na música e no estilo de vida, os artesãos são perseguidos, saqueados em seus bens pessoais e presos por desacato ao exercer a legitima desobediência civil.

Artigo 5º da Constituição Federal:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Mais informações: belezadamargem.wordpress.com

Help the protests this Saturday




recebido de: http://fightforthefuture.org/


Hi--

Together, we beat SOPA in a huge victory for internet freedom. But this Saturday, internet freedom protests are breaking out in over 200 cities across Europe. Why?

Because the companies behind SOPA are using international trade agreements as a backdoor to pass SOPA-style laws

SOPA's supporters are pushing two agreements: ACTA and TPP1. ACTA would criminalize users, encourage internet providers to spy on you, and make it easier for media companies to sue sites out of existence and jail their founders. Sound familiar? That's right, ACTA is from the same playbook as SOPA, but global. Plus it didn't even have to pass through Congress2.

TPP goes even farther than ACTA, and the process has been even more secretive and corrupt. Last weekend (we wish this was a joke) trade negotiators partied with MPAA (pro-SOPA) lobbyists before secret negotiations in a Hollywood hotel, while public interest groups were barred from meeting in the same building.3

Trade agreements are a gaping loophole, a secretive backdoor track that--even though it creates new laws--is miles removed from democracy. Trade negotiators are unelected and unaccountable, so these agreements have been very hard for internet rights groups to stop.

But now the tide is turning. Fueled by the movement to stop SOPA, anti-ACTA protests are breaking out across the EU, which hasn't ratified ACTA. The protests are having an impact: leaders in Poland, the Czech Republic, and Slovakia have backtracked on ACTA.4 Now a massive round of street protests in over 200 cities is planned for this Saturday February 11th.

We're planning an online protest this Saturday to support the protests in the streets. Why? Because together we can drive millions of emails to key decision makers--and start tipping the scales like we did on SOPA.

Can you take part? Click here to get the code to run on your site!

We just built an ACTA & TPP contact tool, and it's not just a petition. It's code for your site that figures out the visitor's country and lets them email all their Members of European Parliament--the politicians who will be voting on ACTA in June--or the trade negotiators behind TPP. This direct contact between voters and their officials, driven by websites of all sizes, was instrumental in the fight against SOPA.

We can use the same tactics to defeat ACTA & TPP, but we need your help!

Support the street protests with a flood of emails to the officials responsible for ACTA & TPP. Get the code for your website!

Don't have a website? Tell officials in your country to scrap ACTA & TPP! And spread the word about Saturday's protests!

This is going to be tough fight. But we need to make secretive trade agreements harder to pass than US law. If we don't, our internet's future belongs to the lobbyists behind SOPA.

This is just the beginning,

--Holmes Wilson, Tiffiniy Cheng, Joshua Blount & the whole Fight for the Future team.

P.S. This map of ACTA street protests in Europe is amazing. The largest has almost 50,000 RSVP's!

Sources:

1. For more information on ACTA, read these excellent articles from Techdirt and La Quadrature du Net. For information on TPP, read this Ars Technica piece. For video, watch this.

2. Obama's signing of ACTA may have been unconstitutional. See Anti-counterfeiting agreement raises constitutional concerns and Techdirt.

3. Hollywood gets to party with TPP negotiators, public interest groups get thrown out of the hotel.

4. Ars Technica: Czech, Slovak governments backing away from ACTA, too.

9 de fevereiro de 2012

atônitos antônimos

a vida é fábula falada, é o fado que a fada que não fala cala quando enfadada fica, e se fica finda em silêncio fosso, como se silêncio fosse o mistério deste intervalo, entre o dizer e entredizer, uma fauna de faunos que não fogem de seus túmulos, o tumulto que polula, a orgia que popula nossas mentes que não mentem, e se metem a tecer outras enfadadas fábulas, não minto, tudo é enfim um mito, o mito do progresso, o mito do eterno que retorna e entorna a eternidade neste sempre agora, esticando o horizonte para além do que se pensa, para além do que se fala, como se nem mesmo as idéias ou palavras chegassem ao além que se supõe, nem mesmo a palavra além captura o além do qual se fala, se atira a palavra nesta busca, ruptura, e tudo que retorna deste arremesso da palavra além, é algum estranho aquém...

e se fosse tudo uma mentira, a ira, a revolta, cedemos ao manso cansaço que se cansa do cansaço deste lasso que se lança já quase sem nenhuma esperança, nada alcança

e se fosse tudo fossa, retro-retórica, nostalgia eufórica, verbo-ativismo entrópico dos trópicos utópicos, este fosso fácil, cadafalso, hiato entre falso e a farsa, um jogo de espelhos, contra-imagem deste destro já canhoto, este outro outro que reflete o antônimo sinônimo de sí mesmo

The Doors - Five to One (Bunch of Slaves)

Garotos Podres - A Internacional

Garotos Podres - A Internacional (L'Internationale, Socialist Anthem) from igorrohde on Vimeo.



"Uma terra sem amos - a Internacional."

Greek hospital now under workers’ control



Submitted for publication by working class self organisation at libcom.org on Feb 5 2012 19:20

Health workers in Kilkis, Greece, have occupied their local hospital and have issued a statement saying it is now fully under workers control.

(...)

The workers have responded to the regime’s acceleration of fascism by occupying the hospital and outing it under direct and complete control by the workers. All decisions will be made by a ‘workers general assembly’.

#OcupaRio - Poesia de Manoel de Barros

#OcupaRio - Poesia de Manoel de Barros from Rodrigo Maia on Vimeo.


A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei
Meu fado é o de não saber quase tudo
Sobre o nada eu tenho profundidades
Não tenho conexões com a realidade
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias ( do mundo e as nossas )
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil
Fiquei emocionado e chorei
Sou fraco pra elogios

Manoel de Barros

Chê pós-moderno

7 de fevereiro de 2012

7 voltas/ 7 turns

7 Voltas/7 Turns from rogerio nunes on Vimeo.



Diversas crônicas se entrelaçam numa espiral narrativa, poética e quase onírica, sobre um lugar onde o sinuoso rio Tamanduateí descrevia sete voltas.

Different chronics about a place where a river used to flow through 7 turns.

Projeto selecionado pelo 2 edital de historia dos bairros de São Paulo. Secretaria Municipal de Cultura.

Diretor/Director Rogério Nunes; Trilha Sonora original/Original Soundtrack Mica Farina; Edição/Edition
Luiz duVa; Animação/ Animation Márcio Ambrosio, Samuel Ahn & Estela Piccin; Daniel Bruson Moretti, Francisco Beraldo & Danilo Enoki; Thiago Yoshinaga; João Schimidt & Marcus Silva; Rogs, JegBoy & A.A Direção de Fotografia/ Photography (SOMBRA DO VIADUTO) Eduardo Duwe; Interpretações/ Text Interpretations Sérgio Torres, Mathieu Rougé, Cézar Negro, Rodrigo Gaion, Pedro Felício; Entrevistados/ Interviews Heródoto Barbeiro, Paulo Roberto de Almeida; Músicos/ Musicians Amilcar Rodrigues, Davi Rissi Caverni, Leonardo Muniz Corrêa, Rafael Cesário & Raquel Mônica Gonçalves; Assitência de Produção/ Production Assistence; Karina Cezar & Priscila Paula; PESQUISA Melissa Lassalvia & Antonio Andrade; Edição de Texto/ Text Edition; Márcio Sampaio de Castro & Antonio Andrade

Premiações/Prizing
1. Melhor Edição/Best edition FAM 2010 2. Melhor Documentário em Vídeo/Best Documentary in vídeo FAM 2010 3. Melhor Documentário Cinesul 2010/ Best documentary Cinesul 2010 4. Melhor Trilha Sonora/ Best Music/ Cine Cuiabá 2010 5. Melhor Filme em Vídeo/Best film in vídeo/ Cine Cuiabá 2010 6. Melhor Documentário em Vídeo/ 17 Vitoria Cine Video

Occupy the Super Bowl Indiana



Occupy the Super Bowl: Indiana’s New Anti-Union Law Sparks Protest at Sport’s Biggest Spectacle

JUAN GONZALEZ: We turn to Super Bowl Sunday, it’s the biggest football game and biggest television show of the year. Last year, an estimated 111 million people watched it. But this year, viewers may have something more to watch than just the game. Occupy protesters in Indianapolis are gearing up to use the prime-time media spotlight to rally for union rights.

AMY GOODMAN: Earlier this week, Indiana Governor Mitch Daniels signed a so-called "right to work" measure into law, making Indiana the 23rd state to enact similar legislation. The controversial law exempts employees at unionized companies from paying union dues or fees if they so desire. Republicans claim the bill will help Indiana attract new, needed businesses and jobs. Critics say the legislation is an organized attack against labor that will result in lower wages and diminished collective bargaining rights. Following the bill’s approval Wednesday, thousands of union workers held a protest march to Lucas Oil Stadium, where the Super Bowl will be played this Sunday. The National Football League Players Association has also opposed the legislation calling right-to-work a "Political ploy designed to destroy basic workers’ rights." DeMaurice Smith recently appeared on Dave Zirin’s radio show Edge of Sports Radio. Smith is the executive director of The National Football League Players Association.

DEMAURICE SMITH: We are in lock-step with organized labor. I’m proud to sit on the Executive Council of the AFL-CIO. Why? Because we share all of the same issues that American people share. We want decent wages, you want a fair pension, you want to be taken care of when you get hurt, you want a decent and safe working environment. So when you look at proposed legislation in a place like Indiana that wants to call it something called "Right to Work", but you realize that...

DAVE ZIRIN: A tricky phrase, "right to work".

DEMAURICE SMITH: Very tricky phrase. Let’s just put the hammer on the nail. It’s untrue. This bill has nothing to do with a right to work. If folks in Indiana and that great legislation—-and they want to pass a bill that really is something called "Right to Work", have a constitutional amendment that guarantees every citizen a right to a job. That is a right to work. What this is, instead, is a right to enforce and to ensure that ordinary working people can’t get together as a team, can’t organize, can’t stand together, and can’t fight or negotiate with management on an even playing field.

JUAN GONZALEZ: That was DeMaurice Smith, Executive Director of The National Football League Players Association. In related labor news, Arizona Republicans have just introduced legislation that would radically curb public employee’s unions in their state. A series of measures introduced this week would bar government agencies from collectively bargaining with public employees including firefighters and police. Unions would be prevented from collecting dues through automatic deductions. We go now to Indiana to speak with Tithi Bhattacharya. She is an Associate Professor of South Asian History at Purdue University. She is a leading member of Occupy Purdue and has written about Occupy in the Super bowl. Welcome to Democracy Now! Can you hear us professor? Tell us about the Occupy protests that are planned.

TITHI BHATTACHARYA: Well, the first thing to say is that the protest on Sunday actually is not a one-off. It stands on the shoulder of and in solidarity with the thousands of people who came to the State House over the last two weeks to protest this bill. It is also not, I think, the end—-or I hope it’s not the end of this series of protests. Why the Super Bowl? Lucas Oil Stadium was built with 100% union labor. Every single structure that is up in the city of Indianapolis today that has been built to beautify the city has been built with union labor. So, I think it is absolutely shameful that the legislature passed a law that condemns unions and is now using the city to kind of showcase Indianapolis while ordinary people in Indiana are completely opposed to this law. The protest on Sunday also stands in solidarity with the NFL Players Union, which has come out so strongly against the legislation. I think there has been some talk of how the Occupy movement may—-there has been some fear that the Occupy movement may disrupt a Super Bowl. As far as I know and as far as I’m concerned, the Occupy movement nationally has been a non-violent movement and absolutely is committed to being non-violent on Saturday. The question of disruption absolutely is not an issue because as I said before, we stand in solidarity with the Players Union. The only thing the Occupy movement, on Sunday, hopes to disrupt is the complacency of the 1% who think that they can get away with this.

AMY GOODMAN: While The Football Players Union has expressed solidarity with the workers in Indiana, Fox Business News spoke with NFL Hall of famer Fran Tarkenton about the Super Bowl protests.

FOX REPORTER: Fran, you have been an outspoken opponent of municipal unions. What’s their beef with Indianapolis, which is staging the Super Bowl?

FRAN TARKENTON: Because they’ve got it made. They work 20 years, they could retire at 90% of their salary for the rest of their life. There’s no accountability. They don’t have to work hard. They go up by seniority. If the NFL—-if their union was like a public Union, the NFL would be broke. But, the government kind of bails them out, but now that’s getting to be problematic. This was the first right-to-work state decision in 15 years. It looks like Mitch Daniels is going to sign that into law. They’re angry about being it being a right-to-work state when we need to generate 20 million jobs?

AMY GOODMAN: NFL Hall of famer, Fran Tarkenton went on to say the protesters are going to make fools of themselves.

FRAN TARKENTON: ...disrupts the biggest American even there is and you are right, the northeastern fans are the best football fans in the world. They’ll come in there and spend tens and hundreds of millions of dollars. It’s just such a great. It really is a positive, great event, and they’re going to make fools of themselves by going out there infringing on the rights of people who want to enjoy this great event.

AMY GOODMAN: Professor Bhattacharya, your response?

TITHI BHATTACHARYA: Nine out of the ten poorest states—-states with the poorest health and safety records—-are actually right-to-work states. But, most importantly, we need to keep in mind that this is actually an effort to kill unions in the Midwest. This is part of a concerted effort that is going on to strike at the heart of labor mobilizing and labor organizing it is coming in Wisconsin, it is coming in Indiana, and it is coming in Michigan. And I think...Hello?

AMY GOODMAN: Keep speaking, go ahead.

TITHI BHATTACHARYA: So, I think that is really what’s at the heart of it. On a broader basis, I think Right to Work is one of those legislations that is a concerted effort to pass off this recession on working people by trying to lower our wages. All due respect to the Hall of famer, but he did say that people are going to be bailed out. Well actually, the institutions that got bailed out are the banks. This is an effort to say that the recession is hurting the economy, so ordinary people need to tighten their belts. Well actually, ordinary people are not responsible for the recession, and this attack on ordinary people speaking out or fighting back—-which is really what the unions are—-is a naked display of union busting, which actually needs to stop.

AMY GOODMAN: Finally, Professor Bhattacharya, where will you be on Sunday at the Superbowl?

TITHI BHATTACHARYA: Like the rest of the occupiers from across the state, I will be at the Indiana State House. The protest has been called at the South Lawn of the Indiana State House at 12:00 noon. That’s where I hope all people who are fighting against these kind of policies of the 1% inside the legislatures, and are fighting against the display of the power of the 1% on our streets of Indianapolis with the corporate logos, will be there to join me in a non-violent protest.

AMY GOODMAN: Well, I want to thank you very much for being with us. Professor Tithi Bhattacharya, Associate Professor of South Asian History at Purdue University, a leading member of the Occupy Purdue, written about Occupy Super Bowl. Speaking to us from West Lafayette, Indiana.

http://www.blogger.com/img/blank.gifhttp://www.democracynow.org/2012/2/3/occupy_the_super_bowl_indianas_new

6 de fevereiro de 2012

Riot police violently disperse Occupy DC with batons

todas as palavras

Nesta hora em que atravesso o agora rumo a um vago depois, para além deste aqui estar
Ainda que todo meu futuro esteja de alguma maneira condensado neste devir
Me ponho a pensar
Um pensamento passageiro
Que desde já se pensa como passageiro
Um pensamento autoconsciente de sua transitoriedade e que se perde em si mesmo
Na sua impossibilidade perante o eterno devir deste outro que me é para além de mim mesmo
O pensamento é como um braço que não tenho
Um braço metafórico que se estica em direção ao horizonte
A mão deste braço que não tenho busca com os seus dedos tocar coisas
Podem estes dedos tocar o horizonte de todas as coisas?
Esticam-se os dedos do pensar para tocar o infinito
Apesar da imensidão do tudo que se busca
Tocar o entendimento nos escapa por entre os dedos desta mão imaginária que projetamos
Como ínfimo grão de areia todo infinito nos escapa
O infinito se perde como pouco tão nada
Nada cabe neste não tocar
Só a palavra toca o horizonte
Não com um tocar dos dedos
Pois palavra é branca de dizer
Diz o que se diz por meio dela
Só por meio da palavra é que se diz desde o ínfimo até o infinito
Só por meio da palavra é que se diz que o infinito acaba na palavra
As palavras como pássaros podem tocar o céu por entre as asas do dizer
Como um vento que sopra para além de algo
O horizonte está além desta mão esticada para o nunca
O horizonte é sempre tão nunca
Nunca e sempre ao mesmo tempo
Assim é tudo o que somos
Tão tudo e tão pouco ao mesmo tempo
Como entender isto que se passa tão além de tudo?
As palavras são como pássaros soltos no céu de nossos pensamentos
São os pássaros deste não entender
Nos levam em vôos cada vez mais altos
Voam para longe de tudo que somos

Como tocar o mais além senão por intermédio das palavras?

As palavras encontram tão somente aquilo que mandamos que elas busquem
E desiludidas voltam ao seu ninho nos galhos de nós mesmos

Quem está na sombra disto tudo?

Raimundo Beato

Luz

LUZ | subtitulado from Left Hand Rotation on Vimeo.



El centro de São Paulo es un foco de resistencia política.

Bairro da Luz, estigmatizado como "cracolandia" por el poder público, resiste a un intento de gentrificación en tentativa desde los años 70. El último capítulo en la historia de la política urbana del centro histórico de São Paulo, la última estrategia, es el exterminio. Bajo el nombre de Proyecto Nova Luz, más del 30% del barrio amenaza con ser desapropiado y demolido como parte de un plan para transformar la zona y expulsar a sus actuales moradores, aquellos que luchan hoy por afirmar la existencia de ese territorio y de su cultura.

Contado a través de los testimonios de tres personas implicadas en su resistencia, este documental pretende dar voz a los que luchan por el derecho a la ciudad.
Gracias Paula, Simone y Raquel, por hacernos ver la luz.
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Paula Ribas es periodista, fotógrafa y fundadora de la asociación Amoaluz, creada para defender los derechos de los habitantes del Bairro da Santa Ifigênia e Luz. Forma parte del Consejo Gestor de las ZEIS de Santa Ifigênia y Luz

Simone Gatti es arquitecta y urbanista doctorada por la Facultad de Arquitectura y Urbanismo de la Universidad de São Paulo. Investigadora que tiene como foco de estudio la gentrificación en centros urbanos, colabora desde el inicio con la asociación Amoaluz.

Raquel Rolnik es urbanista, profesora de la Facultad de Arquitectura y Urbanismo de la Universidad de São Paulo y relatora especial de la ONU para el Derecho a la Vivienda.

Proyecto Memoria Interditada.
Plataforma Museo de los Desplazados
lefthandrotation.com/museodesplazados

Proyecto completo en:
lefthandrotation.com/museodesplazados/ficha_luz.htm

Facebook del Museo de los Desplazados: facebook.com/pages/Museo-De-Los-Desplazados-Gentrificaci%C3%B3n-no-es-un-nombre-de-se%C3%B1ora/136884029757255
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Todos los proyectos de Left Hand Rotation te contemplan bajo la licencia Creative Commons, creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/es/

Todos os sonhos

5 de fevereiro de 2012

Is Everybody in?

A supermarket in California

A Supermarket In California Dub - Beat ReGeneration from Ale Canaglia on Vimeo.




What thoughts I have of you tonight, Walt Whitman, for
I walked down the sidestreets under the trees with a headache
self-conscious looking at the full moon.

In my hungry fatigue, and shopping for images, I went
into the neon fruit supermarket, dreaming of your enumerations!

What peaches and what penumbras! Whole families
shopping at night! Aisles full of husbands! Wives in the
avocados, babies in the tomatoes!--and you, Garcia Lorca, what
were you doing down by the watermelons?


I saw you, Walt Whitman, childless, lonely old grubber,
poking among the meats in the refrigerator and eyeing the grocery
boys.

I heard you asking questions of each: Who killed the
pork chops? What price bananas? Are you my Angel?

I wandered in and out of the brilliant stacks of cans
following you, and followed in my imagination by the store
detective.

We strode down the open corridors together in our
solitary fancy tasting artichokes, possessing every frozen
delicacy, and never passing the cashier.

Where are we going, Walt Whitman? The doors close in
an hour. Which way does your beard point tonight?

(I touch your book and dream of our odyssey in the
supermarket and feel absurd.)

Will we walk all night through solitary streets? The
trees add shade to shade, lights out in the houses, we'll both be
lonely.


Will we stroll dreaming of the lost America of love
past blue automobiles in driveways, home to our silent cottage?

Ah, dear father, graybeard, lonely old courage-teacher,
what America did you have when Charon quit poling his ferry and
you got out on a smoking bank and stood watching the boat
disappear on the black waters of Lethe?

Berkeley, 1955

Allen Ginsberg

4 de fevereiro de 2012

Coletivo Sabotagem



Ainda sobre a discussão anti-SOPA e anti-PIPA...

A mobilização intensa contra esses projetos me fez lembrar do saudoso Coletivo Sabotagem,
"... uma entidade anarquista rizomática surgida na primeira década do século XXI no Brasil em defesa da libertação informacional e pela extinção de patentes bem como dos direitos editoriais, considerados pela ótica deste grupo como nocivos ao justo compartilhamento do conhecimento pelo surgimento de um mundo melhor." (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Eles disponibilizavam gratuitamente livros, documentários, filmes...

E não era pirataria moleca, não. O trabalho era resultado de uma reflexão radical e uma crítica profunda aos princípios fundamentais de proteção da propriedade intelectual.

Sua palavra de ordem era excelente: "Conhecimento não se compra, se toma!!!"

Eles disponibilizavam programas e ensinavam as pessoas a scanear com eficiência. Lembro de um texto fantástico que se chamava algo como: "Manual do scaneamento solidário". Alguns dos primeiros passos do manual envolviam a ida de uma galera pra casa de alguém que tivesse um scanner, e encher a cara enquanto as pessoas se revezavam na função de scanear os livros.

Aqui segue um relato em primeira pessoa sobre a experiência do grupo:

Por fim a página acabou saindo do ar. Apesar dos ataques jurídicos pesados que o grupo estava sofrendo, parece que foi só um problema de infra-estrutura informática.

Mas de qualquer maneira isso provocou uma certa grita na galera antenada

e a promessa de um retorno triunfal

Será?

Taxes

Não confundir com o discurso cínico do Paulo Skafi, com os fantoches do Instituto Milênio ou com o ridículo impostômetro.

Trata-se mais de resistência civil ao velho estilo Thoreau.

ié!

3 de fevereiro de 2012

O Tempo que Resta (Le temps qu'il reste)

Primavera





Podrán cortar todas las flores, pero nunca detendrán la primavera.

Podem cortar todas as flores, mas nunca deterão a primavera

They can cut all the flowers, but they can never stop the spring

Pablo Neruda

1 de fevereiro de 2012

O fim do casamento e a censura no Twitter




Quando vi a notícia lembrei de uma frase proferida por Zizek em discurso para o pessoal do Occupy Wall Street:

"Na China de hoje, temos um capitalismo que é ainda mais dinâmico do que o vosso capitalismo americano. Mas ele não precisa de democracia. O que significa que, quando criticarem o capitalismo, não se deixem chantagear pelos que vos acusam de ser contra a democracia. O casamento entre a democracia e o capitalismo acabou."

"In China today we have capitalism which is even more dynamic than your American capitalism but doesn’t need democracy. Which means when you criticize capitalism, don’t allow yourselves to be blackmailed that you are against democracy. The marriage between democracy and capitalism is over.”

As contradições entre a democracia liberal e o capitalismo estão nuas.


Twitter faces censorship backlash
http://www.guardian.co.uk/technology/2012/jan/27/twitter-faces-censorship-backlash?newsfeed=true


The social network Twitter is facing a storm of criticism from users, after revealing that it has implemented a system that would let it withhold particular tweets from specific countries.

The company has insisted that it will not use the gagging system in a blanket fashion, but would apply it on a case-by-case basis, as already happens when governments or organisations complain about individual tweets.

The new system, which can filter tweets on a country-by-country basis and has already been incorporated into the site's output, will not change Twitter's approach to freedom of expression, sources there indicated.

In theory it could have been used last year in the UK to block tweets exposing details hidden by superinjunctions about celebrities, or in 2010 when Trafigura used a superinjunction to block the Guardian and BBC from revealing details about a report on activities in Africa.

A number of superinjunctions have been abandoned after details leaked on Twitter, to the displeasure of some judges.

However, activists in countries such as Syria or China might be concerned that they would be unable to see information they need to know.

Twitter insists that the system will only formalise a system it already uses, where tweets are blocked or deleted following full judicial process. Being able to limit tweets to particular countries, rather than blocking them altogether, expands its ability to "let tweets flow".

In a blogpost, it points out that France and Germany restrict pro-Nazi content; under the US's First Amendment, tweets with such view would be legal in the US while illegal in those countries.

Google, Yahoo, eBay and Facebook already use similar systems to control what content is shown in which countries.

In China, Google indicates when a search result has been censored. In the same way, blocked tweets will say: "This tweet from [username] is withheld." The blocking can work at the individual tweet or account level.

But some users have been critical of the move, which has already seen an update to Twitter's API, the means through which programs access and show tweets.

Every tweet includes fields such as the user's name, time of the tweet and the tweet's content. But now it will also include a "withheld_in_countries" field.

Terence Eden, a London-based mobile developer, complained on Twitter: "I don't want to develop on an API which contains a 'withheld_in_countries' field. What's next, a 'for_your_own_good' field?" He added: "I helped develop a Twitter client that Chinese pro-democracy activists used. Guess that's dead now. Thanks, Twitter."

Eden, who describes the move as censorship, said it would be difficult to work around because Twitter will identify which country a user is in by their internet address. "You can spot the censorship, but it's hard to route around it," he said.

Twitter says it will continue to post requests for the blocking or censoring of tweets to the Chilling Effects site where it has recorded requests to remove tweets from its service.

Cinema na Praça

Coletivo Território do Avesso: Cine Boca "quem quer cinema vai a boca"




O Cine Boca é um projeto idealizado pelo coletivo Território do Avesso que consiste na exibição gratuita de longas, curtas metragens e documentários nos espaços públicos e alternativos da cidade, agregados à números teatrais anterior à exibição e rodas de reflexões e discussão pós exibição. O Cine Boca acontece semanalmente (nas quintas-feiras) às 19h e é realizado sempre com a parceria de diferentes intuições e do poder público através do empréstimo de equipamentos. O projeto começou no mês de junho (de 2011) e desde então vem sendo realizando pontualmente. Já foram exibidos documentários sobre a história do hip-hop no Brasil e também do Circo; um filme do cineasta italiano Fellini, chamado "Os Palhaços", o musical Godspell, escrito por Stephen Schwartz e John-Michael Tebelak, o documentário Lixo Extraordinário de Vick Muniz, O Circo de Charles Chaplin, entre outras produções audiovisuais do cinema brasileiro e do mercado independente em geral.





Em outubro, o Cine Boca previlegiou a exibição de longas de animação: Com destaque para "As Bicicletas de BelleVille" (de Sylvaim Chomet) e "Persépolis, uma animação baseada nos quadrinhos autobiográficos da iraniana Marjane Satrapi (co-produzido pela França, o filme venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2007 e concorreu ao Oscar de animação em 2009).



Nos meses de nov. e dez. o Cine Boca explorou uma temporada de documentários com temas sobre a justiça social, política, culturas e territórios de poder, que se iniciou com "chave de ouro" com a projeção de Encontro com Milton Santos ou o Mundo Global visto do lado de cá, do diretor Silvio Tendler. Nessa temporada foram apresentados os episódio da série documental Lutas.doc e o inusitado documentário "Baraka". Em 2012 o projeto Cine Boca continua...

http://territoriodoavesso.blogspot.com/2011/10/cine-boca-quem-quer-cinema-vai-boca.html

OccupyDC Prepares to Defend Home




In the wake of a recent Congressional hearing on Occupy DC, misleading threats from Mayor Vince Gray about nonexistent "health" concerns in the park, and yesterday's taser attack that hospitalized a resident of the park, the National Park Service has given Occupiers in McPherson Square and Freedom Plaza until 12:00 noon today until they will begin enforcing a no-camping ban. Occupy DC has begun preparing nonviolent resistance and is calling for all supporters to join them.



Tents and other belongings have been piled in the center of the camp so that police cannot pick off individuals, while others are planning civil disobedience in defense of their home and our collective right to protest economic inequality! Watch Twitter feeds for #OccupyDC, #McPhersonSQ, #defend99, #J30, @Occupy_DC, and @OccupyDCAction. If you can't make it to McPherson, you can phone blast the Park Police at 202-610-7500. As @OccupyKSt tweeted:

One more time: we refuse to accept a world where you have to pay somebody just to take up space. We have no homes. Let us keep our park.

Occupy Oakland Move-In Day

Occupy Oakland Move-In Day (1/28/12) from Karl Baumann on Vimeo.



Occupy Oakland attempted to reclaim an abandoned building to use as a social center and headquarters. A number of buildings were chosen but were not to be decided upon until the actual march, depending on protest size and police presence.

After nearly being trapped in Laney College, the Occupy protestors successfully outflanked the police and attempted to take the Kaiser Convention Center. The Move-In however was met with violent police force.