A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

31 de março de 2011

Free love


"Free love? As if love is anything but free! Man has bought brains, but all the millions in the world have failed to buy love. Man has subdued bodies, but all the power on earth has been unable to subdue love. Man has conquered whole nations, but all his armies could not conquer love. Man has chained and fettered the spirit, but he has been utterly helpless before love. High on a throne, with all the splendor and pomp his gold can command, man is yet poor and desolate, if love passes him by. And if it stays, the poorest hovel is radiant with warmth, with life and color. Thus love has the magic power to make of a beggar a king. Yes, love is free; it can dwell in no other atmosphere. In freedom it gives itself unreservedly, abundantly, completely. All the laws on the statutes, all the courts in the universe, cannot tear it from the soil, once love has taken root. (...)"

Retirado de Marriage and Love (Anarchism and Other Essays)
Emma Goldman, 1911

Nenhum comentário:

Postar um comentário