A Caverna

Esta é a caverna, quando a caverna nos é negada/Estas páginas são as paredes da antiga caverna de novo entre nós/A nova antiga caverna/Antiga na sua primordialidade/no seu sentido essencial/ali onde nossos antepassados sentavam a volta da fogueira/Aqui os que passam se encontram nos versos de outros/os meus versos são teus/os teus meus/os eus meus teus /aqui somos todos outros/e sendo outros não somos sós/sendo outros somos nós/somos irmandade/humanidade/vamos passando/lendo os outros em nós mesmos/e cada um que passa se deixa/essa vontade de não morrer/de seguir/de tocar/de comunicar/estamos sós entre nós mesmos/a palavra é a busca de sentido/busca pelo outro/busca do irmão/busca de algo além/quiçá um deus/a busca do amor/busca do nada e do tudo/qualquer busca que seja ou apenas o caminho/ o que podemos oferecer uns aos outros a não ser nosso eu mesmo esmo de si?/o que oferecer além do nosso não saber?/nossa solidão?/somos sós no silêncio, mas não na caverna/ cada um que passa pinta a parede desta caverna com seus símbolos/como as portas de um banheiro metafísico/este blog é metáfora da caverna de novo entre nós/uma porta de banheiro/onde cada outro/na sua solidão multidão/inscreve pedaços de alma na forma de qualquer coisa/versos/desenhos/fotos/arte/literatura/anti-literatura/desregramento/inventando/inversando reversamento mundo afora dentro de versos reversos solitários de si mesmos/fotografias da alma/deixem suas almas por aqui/ao fim destas frases terei morrido um pouco/mas como diria o poeta, ninguém é pai de um poema sem morrer antes

Jean Louis Battre, 2010

14 de abril de 2010

Katerina Gogou, the anarchist poetess of Exarcheia

Don’t you stop me. I am dreaming.
We lived centuries of injustice bent over.
Centuries of loneliness.
Now don’t. Don’t you stop me.
Now and here, for ever and everywhere.
I am dreaming freedom.
Though everyone’s
All-beautiful uniqueness
To reinstitute
The harmony of the universe.
Lets play. Knowledge is joy.
Its not school conscription.
I dream because I love.
Great dreams in the sky.
Workers with their own factories
Contributing to world chocolate making.
I dream because I KNOW and I CAN.
Banks give birth to “robbers”.
Prisons to “terrorists”.
Loneliness to “misfits”.
Products to “need”
Borders to armies.
All caused by property.
Violence gives birth to violence.
Don’t now. Don’t you stop me.
The time has come to reinstitute
the morally just as the ultimate praxis.
To make life into a poem.
And life into praxis.
It is a dream that I can I can I can
I love you
And you do not stop me nor am I dreaming. I live.
I reach my hands
To love to solidarity
To Freedom.
As many times as it takes all over again.
I defend ANARCHY.

http://libcom.org/history/katerina-gogou-athens-anarchist-poetess-1940-1993

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